quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sociedade civil se reúne em prol da reabertura da BHM, na Câmara Municipal de Mairinque

Da Redação com informações
da Assessoria da Câmara de Mairinque

Aconteceu nesta última terça-feira, 17, no Plenário da Câmara Municipal de Mairinque, a reunião convocada pela sociedade civil para a discussão da reabertura do Hospital de Mairinque (BHM), fechado há um ano. Estiveram presentes a chefe do departamento de saúde da Prefeitura Municipal de Mairinque, Janete Munhoz, Kuniko, membro do Conselho Municipal de Saúde, representantes de bairro, Jorge Ferraz, da ONG Mairinque Transparente, além de ex-funcionários da BHM e demais munícipes. O presidente da Câmara Municipal de Mairinque, o vereador Teixeira (PSL), a vereadora Déia (PT) e o vereador Dr. Sergio (PTB), além dos diretores da Beneficência Hospitalar de Mairinque, Dr. Jomar Bellini e Rosalda G. Silveira também participaram.

Os presentes ouviram a diretoria da Entidade, e a maioria entendeu que eles pensam em reabrir a unidade. Os diretores expuseram as condições que levaram ao seu fechamento alegando que esta providência era necessária devido à falta de recursos que, segundo eles, não foi atendida pela Prefeitura Municipal repassando, inclusive, recursos fora de prazos, o que acabou por agravar a situação, conforme salientaram os diretores da BHM. Esclareceram que as atividades do hospital foram suspensas e que a entidade BHM continua existindo, em pleno funcionamento, mas as atividades de saúde, na área de atendimento médico-hospitalar é que foram suspensas. Também foi explanado que a remuneração paga pelo Estado é baixa e, em razão disso, não era possível manter um Hospital daquele porte tendo um déficit de R$ 30, R$ 40 mil reais/mês; não há receita para cobrir tal despesa (trata-se de uma entidade privada social, onde todos que ali trabalham são de forma gratuita, e não tem condições de se manter). Segundo informações da assessoria de imprensa da vereadora Déia, está sendo negociada a dívida de R$ 6 milhões com o ISS e outros fornecedores, e que o prédio precisa de adequação para a sua reabertura, onde será necessário um investimento da ordem de R$ 400 mil.

Fonte, Jornal da Economia (http://linux.dnsgeral.com.br/~jeonline/editorias/regiao/index.php?subaction=showfull&id=1282326023&archive=&start_from=&ucat=28)

Esse Movimento Pró-Saúde, começou com a vista à Diretoria Regional de Saúde, em Sorocaba, onde fomos recebidos pelo Dr. Nasi, representante do Governo do Estado de SP. Segue matéria pública no Jornal da Economia:

Inconformados com o Hospital fechado,mairinquenses comparecem à Regional de Saúde.

Cresce o movimento em prol da Reabertura do Hospital de Mairinque, fechado pela segunda vez, nestes últimos quatro anos. A situação tem se agravado ultimamente pelo fato da população ter, como única alternativa apresentada, o atendimento em hospitais nas cidades de Salto de Pirapora, São Roque e Sorocaba, referências apontadas pelo plano do governo do estado.

Como a prefeitura não se manifesta sobre quando irá reabrir o hospital, a vereadora Déia (PT) agendou reunião na Diretoria Regional de Saúde do Estado (DIR) onde estavam presentes o sr. Jorge Ferraz e a sra. Maria Campos, ambos da ONG “Mairinque Transparente”, além de lideranças comunitárias representadas pela Sra. Fátima Parra e moradores de bairros da cidade de Mairinque.

Os grupos foram recebidos na Divisão Regional de Saúde de Sorocaba pelo Dr. Nasi, Diretor Regional de Saúde, a quem manifestaram a indignação dos mairinquenses com o fechamento do hospital (BHM) explicando que nas diversas reuniões do Conselho de Saúde tem sido cobrada uma postura da prefeitura com relação a planos e ações para a reabertura da Unidade. Segundo a vereadora Déia, nenhuma solução foi apresentada: “Nem ao menos um grupo ou uma comissão foi constituída para tratar especificamente do caso. Falamos das dezenas de trabalhadores que foram demitidos e muitos, ainda se encontram desempregados”, afirma.

O Dr. Nasi relatou que por várias vezes, quando o hospital ainda estava funcionando, discutiu a questão com o Prefeito Municipal de Mairinque orientando-o para que apresentasse um projeto, de forma a incrementar o Hospital e superar a crise, mas que não obteve retorno até o presente mês de julho. Ele ainda citou as alternativas apresentadas ao prefeito, tais como: atendimento para tratamento de dependentes químicos, referência para geriatria e para atendimento de pós-cirurgias de menor complexidade.

“O Estado precisa saber o que a prefeitura quer”, diz o diretor.

Há quase um ano representante da BHM dirigiu-se à DIR e anunciou que estava fechando a BHM. Diante deste fato, o colegiado de secretários de saúde decidiu transferir o teto Mairinque para São Roque, recurso financeiro federal, destinado ao município, e uma reavaliação seria feita em 6 meses para averiguar as possibilidades de retorno para Mairinque. Isso não foi possível porque o hospital permaneceu fechado.

Só não transferiram todo o teto para a cidade de São Roque, para que Mairinque não retornasse ao patamar inicial e deixasse de ser Gestão Plena – credenciamento conquistado há anos e que poderia ser perdido.

Na reunião do Conselho Municipal de Saúde, realizada no dia 27 de julho, para prestação periódica de contas, nenhuma possibilidade de reabertura do hospital foi apresentada aos presentes. Estavam presentes o provedor da Santa Casa de São Roque, Sr. Etelvino Nogueira, vereadores de São Roque e o Sr. Ricardo, representante do Conselho Municipal de Saúde de São Roque. Eles disseram que atendem, no Pronto Atendimento da Unidade, mais de 700 pessoas de Mairinque por mês, e querem receber por esse trabalho.

Segundo relatou a vereadora Déia, “o debate sobre a importância da reabertura do Hospital de Mairinque foi intenso, pois somente repasses de recursos para outros municípios realizarem procedimentos que vinham sendo feitos aqui, não é o que a maioria dos mairinquenses quer, mas sim, o Hospital aberto e atendendo”, explica.

Segundo informações, a dívida da entidade – BHM – é de aproximadamente R$ 3,5 milhões, mas também se sabe que hospitais da região convivem com dívidas maiores e que nem por isso fecharam as portas. “Sabe-se que o Governo do Estado precisa não só apresentar alternativas, mas viabilizá-las.” Afirmou a vereadora Déia.

Para a próxima reunião, já está programada e serão convidados o Diretor Regional de Saúde, a diretoria da BHM e os conselheiros municipais. A reunião é aberta à população e já está marcada para o dia 4 de agosto às 16:30, no Plenário da Câmara Municipal de Mairinque, à Rua Avenida Dr Gaspar Ricardo Júnior, 185, centro, Mairinque.

A reunião não pode acontecer no dia 4, sendo remarcada para o dia 17 de agosto.

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