sábado, 18 de fevereiro de 2012

Déia comenta caso do Centro Hospitalar de Sorocaba

Quadrilha de médicos atuava no Hospital Regional prejudicando pacientes

Uma quadrilha de profissionais que atuavam no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) foi indiciada a partir das denúncias feitas em meados de 2011. O Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra 48 profissionais, em sua maioria, médicos, que trabalhavam no Hospital Regional, nome pelo qual o CHS é conhecido na região. A Operação Hipócrates culminou na denúncia aos profissionais pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, falsidade ideológica, corrupção passiva, corrupção ativa e até homicídio. As investigações concluíram que mais de 65 mil pessoas deixaram de ser atendidas no CHS entre 2009 e 2011, por falta de profissionais que, apesar de receber o pagamento como se estivessem em plantão, estavam ausentes do hospital.


A vereadora Déia (PT) comentou o caso: “Estamos todos boquiabertos, já que as investigações estão paralisadas desde que um pedido de liminar de advogados de um dos réus suspendeu as investigações da operação Hipócrates”. Todo o esquema significou um prejuízo de R$ 20 milhões aos cofres do Estado. “Dez por cento desse valor já daria para reabrir o nosso hospital!”, protestou a vereadora.

Entre os denunciados, está o médico Jorge Pagura, ex-secretário de Esportes do Governo do Estado de São Paulo. Pagura era secretário quando o atual governador Geraldo Alckmin (PSDB) assumiu o Palácio dos Bandeirantes. Além de Pagura, outro denunciado é o médico Antonio Carlos Nasi, ex-diretor regional de Saúde e ex-diretor do CHS.

“Esse escândalo afeta diretamente os mairinquenses, pois desde que o BHM [Beneficência Hospitalar de Mairinque] foi fechado, em 2009, os pacientes de Mairinque dependem das unidades hospitalares da região”, afirma a petista. “Aqui em Mairinque, quem de nós não conhece algum paciente que espera há meses por uma cirurgia no Hospital Regional?”, finaliza Déia.

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