Quadrilha de médicos atuava no Hospital Regional prejudicando pacientes
Uma quadrilha de profissionais que atuavam no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) foi indiciada a partir das denúncias feitas em meados de 2011. O Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra 48 profissionais, em sua maioria, médicos, que trabalhavam no Hospital Regional, nome pelo qual o CHS é conhecido na região. A Operação Hipócrates culminou na denúncia aos profissionais pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, falsidade ideológica, corrupção passiva, corrupção ativa e até homicídio. As investigações concluíram que mais de 65 mil pessoas deixaram de ser atendidas no CHS entre 2009 e 2011, por falta de profissionais que, apesar de receber o pagamento como se estivessem em plantão, estavam ausentes do hospital.
A vereadora Déia (PT) comentou o caso: “Estamos todos boquiabertos, já que as investigações estão paralisadas desde que um pedido de liminar de advogados de um dos réus suspendeu as investigações da operação Hipócrates”. Todo o esquema significou um prejuízo de R$ 20 milhões aos cofres do Estado. “Dez por cento desse valor já daria para reabrir o nosso hospital!”, protestou a vereadora.
Entre os denunciados, está o médico Jorge Pagura, ex-secretário de Esportes do Governo do Estado de São Paulo. Pagura era secretário quando o atual governador Geraldo Alckmin (PSDB) assumiu o Palácio dos Bandeirantes. Além de Pagura, outro denunciado é o médico Antonio Carlos Nasi, ex-diretor regional de Saúde e ex-diretor do CHS.
“Esse escândalo afeta diretamente os mairinquenses, pois desde que o BHM [Beneficência Hospitalar de Mairinque] foi fechado, em 2009, os pacientes de Mairinque dependem das unidades hospitalares da região”, afirma a petista. “Aqui em Mairinque, quem de nós não conhece algum paciente que espera há meses por uma cirurgia no Hospital Regional?”, finaliza Déia.
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