quarta-feira, 13 de junho de 2012

PRESÍDIO EM MAIRINQUE – MENOSPREZO PELO NOSSO POVO

A inauguração do presídio de Mairinque está prevista para abril do ano que vem. Porém já produziu uma triste história, a de desrespeito a um povo e invenções de um prefeito.

Se não bastasse destruir a tranquilidade de uma região cercada por nascentes, lagos, matas e sítios, ainda a sujeita a toda sorte dos impactos social e ambiental, gerados pela movimentação normal de um presídio que abrigará 750 detentos. Será o fim da vida pacata, de mairinquenses, aluminenses e sorocabanos, que estão há mais de quarenta anos enraizados naquela área rural, no entorno do futuro presídio.

O custo da obra é de quase R$ 37,6 milhões, dinheiro convidativo para as construtoras que vêm com seus maquinários e uma tropa de trabalhadores nômades, que ao término da obra deixam muitas lembranças provocadas pelo agito nos bares e nos humildes comércios, mas nenhuma compensação pelos estragos produzidos pela obra. Ah, sim, esse preço será pago pelos que resistirem em continuar vivendo na turbulenta vila rural.

O governo tucano do PSDB, que há muito tempo não tem proposta para enfrentar o embaraço do sistema penitenciário, inventa uma solução estapafúrdia, enfia seus problemas goela abaixo da população e alimenta as inverdades de um prefeito.

Em recente reportagem da TV Tem, pudemos constatar um pouco dos reflexos da instalação do presídio. Afirmações dos moradores, como “falta de estrutura do local”, “onde há matas e lagos preservados”, dão a dimensão dos possíveis danos. Por outro lado, os protagonistas desse incômodo projeto, tentam convencer as pessoas com a ideia de benfeitorias e desenvolvimento. Vendem a ideia de que comerciantes locais vão faturar com o os futuros visitantes, mas não contam o quanto será a desvalorização de toda a região.

Quanto ao município de Mairinque, o prefeito poderia argumentar que em Mairinque existe uma lei proibindo a construção de presídios ou que a área escolhida é inadequada ou até mesmo ser porta voz dos sentimentos da população. Mas, infelizmente, o prefeito não deu atenção aos sentimentos dos mairinquenses. Preferiu se curvar aos interesses do tucanato justificando sua posição com inverdades e argumentos duvidosos como: “o local foi deferido por meio de uma pesquisa”, “duas estradas vicinais serão asfaltadas, uma no bairro Mato Dentro e outra no bairro Cristal”.

Num breve futuro saberemos o resultado dessa obra, e talvez pouco se consiga fazer para minimizar seus impactos. Porém, espero que o futuro seja implacável com os responsáveis por essa obra.



DÉIA

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