terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Deputado Hamilton (PT) é relator da CPI dos Desaparecidos

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito constituída na Assembléia Legislativa de SP de iniciativa do Deputado Hamilton Pereira(PT) terá a finalidade de investigar e apurar o desaparecimento de pessoas no Estado .
Hamilton é o relator da comissão e no último dia 11, Eliana Faleiros Vendramini, promotora de Justiça e gestora do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid), e Ricardo Kirche Cristofi, diretor do Instituto Médico Legal de São Paulo (IML), foram ouvidos.
O Plid, explicou Eliana Vendramini, criado no Rio de Janeiro em 2009, foi inaugurado há um mês em São Paulo. Além de congregar dados de desaparecidos também notificados à Secretaria de Segurança Pública, o Plid atua no atendimento pessoal ao familiar da pessoa desaparecida, o que tem sido a tônica do serviço em São Paulo. A promotora afirmou que o programa trabalha em conjunto com as delegacias de polícia, em busca ativa do desaparecido, além de reavivar inquéritos cuja procura não foi além do local do desaparecimento.
Há um problema quanto ao conceito de desaparecido, observou a depoente. Não existe "desaparecido porque quer" e "desaparecido que não quer", mas apenas o desaparecido. Por isso, lembrou que a pessoa desaparecida precisa ser encontrada ou o caso ser esclarecido, assim como a causa do desaparecimento.
Dificuldades na investigação
Segundo Eliana Vendramini, o fato de não existirem varas especializadas em crime organizado no âmbito estadual dificulta a investigação, uma vez que são processos muito frequentes e volumosos. Além das varas especializadas, na opinião da promotora, o mais importante nos casos de desaparecimento de pessoas é o trabalho congregado aos órgãos de assistência social e psicológica.
Forma frequente de desaparecimento, de acordo com Vendramini, é o tráfico de pessoas para prostituição, casamento servil, adoção ilegal e trabalho escravo. Contudo, salientou, apenas o tráfico para fins de prostituição é tipificado como crime de tráfico de pessoas, enquanto os outros casos são tratados como crimes comuns. Na opinião da depoente, esta situação precisa ser revista.

Protocolo do IML
O diretor do IML de São Paulo, Ricardo Kirche Cristofi, esclareceu que o IML, ao receber um cadáver que não porta documentos, segue um protocolo em que a principal providência é fotografar o corpo, especialmente suas características marcantes, como tatuagens, deficiências, cicatrizes, adornos. As fotos são encaminhadas a um banco de dados que é acessado pela polícia. Não há ainda um cadastro nacional unificado. Mas, segundo Cristofi, esse cadastro está em vias de ser criado.
De acordo com um estudo, aproximadamente metade das pessoas que chegam ao IML sem documentos são identificadas. Muitas acabam sendo enterradas como desconhecidas. Daí a importância do banco de dados integrado em todo o território nacional, enfatizou Cristofi.
RELEMBRE O CASO
              O Deputado Estadual Hamilton Pereira (PT) é autor do Projeto de Lei nº 463, de 2011, que propõe uma Política Estadual de Busca a Pessoas Desaparecidas. O projeto foi aprovado e pasmem: vetado pelo governador. Se isso não tivesse  acontecido muitas ações previstas no projeto estariam  sendo implantadas  no enfrentamento desses dramas  que  causam tanto sofrimento.
Uma das ações é a criação de um banco de dados estadual, a ser criado em conexão à rede Infoseg, ou seja, um  sistema deverá ser dividido entre informações públicas e informações sigilosas, incluindo os dados genéticos. "Além do cadastro com as características físicas, o órgão responsável deverá coletar também material genético, que poderá ser comparado com o de familiares de desaparecidos", explicou o deputado Hamilton.

Fonte: Imprensa Alesp (com informações da Assessoria do deputado Hamilton Pereira)

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