terça-feira, 11 de agosto de 2009

O luxo de desperdiçar lixo

Expira este mês, o contrato emergencial que a Prefeitura de Mairinque assinou com a empresa ENOB, por seis meses, pelo custo mensal de
R$ 229.750 mil.

Em vários bairros o atendimento não está bom, o que tem causado acúmulo de lixo e problemas para os moradores e para a saúde pública.

O lixo fica exposto de um dia para outro nas vias e logradouros, pois é coletado de maneira desorganizada: em alguns bairros, três vezes por semana; em outros, seis vezes. Em determinadas ruas, apenas duas vezes e, o que é pior, há locais onde o serviço ocorre apenas uma vez por semana! Obviamente, a população tem se indignado com a situação e as perguntas que eu faço e que já foram propostas são as seguintes:
- Como fica a situação dos munícipes atendidos em menos dias? Eles terão reembolso?
- Até quando a prefeitura continuará fazendo novos contratos emergenciais?
- Onde está a política pública para a redução do lixo?
- Ao invés do recurso economizado ficar para a empresa – uma vez que o pagamento mensal à empresa é o mesmo, não importando a quantidade de lixo coletado –, o mesmo poderia ser aplicado em outras políticas públicas e na própria coleta seletiva, em parceria com a Associação de Catadores. Atualmente, a população já faz coleta seletiva do lixo e entrega para igrejas e catadores. Ocorre que a prefeitura não incentiva esta prática. A conta é simples: quanto menos lixo a empresa coletar, menos gasto terá com o serviço, mas continuará recebendo o mesmo valor da Prefeitura, através dos contratos emergenciais.
A prefeitura precisa se adequar à realidade, senão continuará a ser a lanterninha no programa Município Verde.
Além do mais, é possível recuperar alguns materiais encontrados no lixo por meio da reciclagem, transformando vidros, plásticos, restos de alimentos, metal e papel, em produtos.
Sem falar que este tipo de ação só vem beneficiar o meio ambiente.
Isso, sim, é luxo só!

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