segunda-feira, 26 de julho de 2010

Por uma Saúde Melhor

Nessa campanha eleitoral a terceirização de serviços da saúde defendida pelo candidato Alckmin e já em curso pelo Governo Serra/Goldman no estado de São Paulo será muito discutida e as mulheres precisam prestar mais do que atenção.

A luta pela desconstrução de desigualdades entre homens e mulheres é uma importante responsabilidade de pessoas que estão em cargos públicos.

É quando se tem oportunidades de tratar essa questão histórica no dia a dia dos serviços de atendimentos às mulheres – saúde, transporte, educação, etc. –

A formulação de políticas públicas para combater as injustiças sociais e a violência que recaem sobre as mulheres, em especial mulheres pobres e negras.

Há especificidade na saúde da mulher e a sexualidade com o corte de gênero e raça.

Esta provado que muitas das questões que envolvem agravos e comprometimentos à saúde das mulheres têm origem na desigualdade de gênero. Geralmente as insatisfações e incômodos vividos por muitas das mulheres, na casa, no relacionamento, no trabalho não são identificados como resultante das relações de opressão que vive com os seus companheiros ou patrões. Em conseqüência disso, a vida das mulheres é marcada pela baixa auto-estima, pela falta de autonomia e de poder, bem como pela discriminação, pelo medo e pela dependência.

Recuperar a autonomia e o poder de decidir sobre si mesma é ter uma existência com significado próprio, e isto se traduz numa importante apropriação para a saúde física e mental das mulheres.

Serviços de saúde oferecendo trabalho interdisciplinar respeitando a perspectiva de gênero e raça são imprescindíveis na atualidade e para isso a parceria com sindicatos e entidades de classe é fundamental.

Contudo, é o poder público e no âmbito local, as prefeituras que devem ter a iniciativa, pois essa demanda deve estar na base de dados dos serviços de saúde.

Esse atendimento deve proporcionar às mulheres, das diversas faixas etárias, acolhimento, informações e atendimento médico, psicológico, social através de sistemáticas oficinas.

Reafirmo que sou totalmente contrária á terceirização dos equipamentos que trabalham a saúde, educação e cidadania das mulheres, não somente pelo sucateamento e mau atendimento que este tipo de gestão tem imprimido ao sistema de saúde, mas também porque acredito que somente o poder público está imbuído de valores e imparcialidade para tratar questões concernentes à saúde e sexualidade das mulheres.

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