terça-feira, 10 de agosto de 2010

Federação das APAE´s desmente Serra

No 1º debate realizado na última quinta-feira (5) pela Band, ao mesmo tempo em que críticava comentários de Dilma sobre ações e resultados dos governos FHC, Serra, qdo lhe pareceu conveniente, não se acanhou em comentar e criticar, de forma enviesada, ações e resultados dos governos Lula.

Com base neste evento a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down – FBASD, emitiu nota desmentindo o Serra, veja abaixo:

"A Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, entidade apartidária e independente, que tem como objetivo a inclusão das pessoas com síndrome de down na sociedade, entende que a educação é
dever do estado, família e sociedade.

Considerando a importância para todas as crianças e adolescentes de crescer e aprender na classe comum da escola regular.

Considerando a Constituição Federal, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência* e ainda as diretrizes do Ministério da Educação, o Decreto 6571 de 2008 e a Resolução Nº 4 do CNE/CEB.

Considerando que a educação é um direito humano indisponível e inquestionável.
Considerando que a Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação vem agindo em conformidade com as legislações acima citadas, disponibilizando recursos para a equiparação de direitos e igualdade de condições.

Considerando que trabalhamos diariamente por uma sociedade mais justa e inclusiva, manifestamos a nossa indignação e repudiamos as declarações do Sr Jose Serra, no debate realizado no dia 5 de agosto de 2010, por contrariar todos os avanços duramente conquistados por entidades, pessoas com deficiência e familiares, ao questionar e instigar contra o direito à educação inclusiva garantido por Lei.

A legislação vigente é resultado de anos de luta pela garantia do direito à inclusão educacional de alunos com deficiência em turma regular.

No que diz respeito à pessoa com deficiência, as verbas destinadas para a educação devem ser utilizadas para o atendimento educacional especializado, ou seja, recursos para que os alunos público alvo da educação especial tenham as suas especificidades atendidas, aprendam em igualdade de condições, e de acordo com as suas possibilidades.

É preciso por fim ao apartheid, ao preconceito e à discriminação, e não há como fazer isso sem que os alunos público alvo da educação especial estudem nas mesmas salas de aulas.

É preciso garantir e oportunizar aos alunos da educação básica a educação inclusiva e de qualidade.

Nada temos contra a entidade citada pelo Sr Jose Serra, que recebe recursos do MEC para a realização do atendimento educacional especializado, de acordo com a Resolução Nº 4 do CNE/CEB. É merecedora do respeito e apreço da sociedade brasileira, pela sua história e pelos conteúdos e saberes acumulados, que são de extrema relevância para a efetivação da educação inclusiva de qualidade.

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi ratificada com equivalência de Emenda Constitucional em 2008, e, em respeito às pessoas com deficiência, associações e ativistas, entidades de direitos humanos e, em particular, as crianças e adolescentes com e sem deficiência, pedimos que não discrimine pessoas com deficiência, no discurso e na prática.

Lutamos por um Brasil inclusivo, de todos e para todos."
Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down – FBASD

O Ministério da Educação divulgou uma nota com informações sobre a política de atendimento às crianças portadoras de defiência praticada pelo governo.

O MEC publicou um texto informativo em sua página na internet. De acordo com o conteúdo, o governo teria destinado R$ 293 milhões à entidade neste ano, informando que "o repasse de recursos destinados a melhorar as condições das instituições especializadas em alunos com deficiência aumentou nos últimos anos. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) passou a contar em dobro as matrículas das pessoas com deficiência que estudam em dois turnos, sendo um na escola regular e outro em instituições de atendimento educacional especializado", afirmou o ministério no texto publicado no site.

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