Em nossa cidade não temos um banco de dados da saúde, isso tenho constatemente solicitado nas reuniões do Conselho Municipal de Saúde e na tribuna da Câmara. É importante o conhecimento desses dados para o dimensionamento de serviços, avaliações, estudos, solicitação de emendas. O banco de dados é ferramenta indispensável na política pública e na sua falta não se tem o número exato de pessoas que fazem tratamento mental, nem as que aguardam atendimento, por exemplo, o que prejudica a discussão do tema.
Em Mairinque tenho acompanhando a reforma do prédio onde será implantado o primeiro Centro de Atenção Pisicosocial – CAP’s – ao lado da Bem Me Quer e, infelizmente esta muito demorado. Na Câmara ficou garantido recurso no orçamento, mas a execução da obra e implantação do serviço é de responsabilidade da prefeitura. O CAP’s será um espaço de atendimento para pessoas acometidas de transtorno mentais.
Recentemente, em Sorocaba, aconteceu o Fórum Paulista de Luta Antimanicomial, instância estadual de organização do Movimento da Luta Antimanicomial (MNLA) que foca sua luta nos direitos humanos das pessoas com sofrimento psíquico.
O fórum discutiu o atual momento da atenção em saúde mental no Estado de São Paulo e o MNLA propôs a reflexão sobre quais as alternativas em nossa sociedade para as pessoas que, em algum momento de sua existência, se deparam com o fenômeno do enlouquecimento. Por isso, defende uma sociedade sem manicômios, visto que estes legitimam e reproduzem a lógica social exposta, se constituindo como lugares de segregação e abandono e não de tratamento. Outra face dessa luta é pela ampliação e fortalecimento da rede de atenção em saúde mental substitutiva ao hospital psiquiátrico e estrutura nos municípios como o CAPS.
Sorocaba sediou o fórum, não por acaso, mas tal escolha se deu em função da saúde mental na cidade de Sorocaba se caracterizar por um modelo baseado na internação dos pacientes, que não incorporou as conquistas da reforma psiquiátrica pela qual a maior parte das grandes cidades brasileiras . O modelo baseado na internação é contrário às políticas de inclusão social e de luta pelos direitos humanos dos usuários dos serviços de saúde mental.
O CAPS É UMA DAS FORMAS DE MELHORAR O ATENDIMENTO.
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