Pois bem, em 2009 esse debate esteve muito aflorado. As cidades que hoje tem presídios alegam serem prejudicadas por estarem abandonadas pelo governo do Estado de São Paulo, que é quem controla o sistema carcerário no estado. Vão-se os presídios, mas não vão os serviços de saúde, segurança, saneamento básico, enfim, infra estrutura para comportar toda a movimentação que envolve os presidiários, os seus familiares e a população que não foi nem consultada e nem preparada para receber essa herança da nossa sociedade.
Muito municípios encaram essa obra como um presente de grego oferecido pelo governo do Estado, já que em algumas situações o Governo do Estado tenta encantar a população com a promessa de trocar o desgaste do presídio por obras como asfalto, melhoria de hospital, etc., mas que nunca chegam.
A construção de novos presídio se faz necessária, porém, devem passar por análises criteriosas, inclusive, com a participação da sociedade civil, para não cometer equívocos que depois se transformam em verdadeiros monstrengos.
No caso de Mairinque combatemos a decisão, à época do governador Serra(PSDB) de construir uma unidade prisional no nosso município e tivemos a satisfação de ver o governador recuar com o atabalhoado projeto. Houve muita movimentação e protestos das comunidades de Mairinque e Alumínio para barrar essa péssima iniciativa. Levamos o tema para ser debatido no Comitê de Bacias dos Rios Sorocaba e Médio Tietê, onde solicitamos a avaliação dos impactos ambientais na áreas escolhidas para implantação de presídios, já que os impactos ambientais nesses casos são enormes.
Também foi realizada uma Audiência Pública na Assembléia Legislativa de São Paulo, convocada pela Deputada Estadual Ana Perugini. Vários prefeitos e autoridades de cidades que já contam com unidades prisionais expuseram o drama com que convivem. Vereadores de Mairinque estiveram presentes, mas o prefeito Dennis, não se fez presente nessa audiência.
Durante esse período o prefeito Dennis divulgou que era favorável aos planos de instalação de presídio no nosso município, pois Mairinque receberia em troca obras de pavimentação. Se isso era verdade, só podemos acreditar que os recursos para a pavimentação estavam disponíveis. Mas como o projeto do presídio foi paralisado, a esperada obra também foi ignorada. Porém, pairou uma nuvem de dúvida. Será que tinha algum fundo de verdade sobre a esperada obra tal ?
Pois bem, o fatídico projeto voltou com força e os serviços de terraplenagem já se iniciaram. E como antes, sem participação da população e sem dar satisfação de forma pública. O que temos visto é o governador, agora o Geraldo Alckimin(PSDB), empurrar mais esse monstrengo “guela abaixo”, sem se preocupar com os reflexos que surgirão num futuro próximo.
Da nossa parte continuaremos debatendo e resistindo a mais essa iniciativa que desconsidera e desrespeita as vontades e os anseios dos mairinquenses.
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