Somos milhares
Arte, Biologia, Ciências físicas e biológicas, Educação física, Filosofia, Física, Geografia, História, Inglês, Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia, Educação especial: Deficiências Auditiva, Física, Mental e Visual.
Portanto nada significa essas dez mil vagas – isso é propaganda barata - porque como os números acima apresentam é apenas um professor de cada área por cidade. Faltam-nos números oficiais de quanto seriam as vagas necessárias e a dificuldade em saber os números se no estado são aproximadas 89 Diretorias de Ensino (DE) e as informações estão em cada DE, mas sabe-se que a falta de professor concursados em sala de aula é bastante expressiva, oitenta mil emergenciais. E quem - tapa buraco – são os tão conhecidos professores eventuais, profissionais que estão lá assumindo a responsabilidade da educação do estado, estado esse de São Paulo, o maior e mais rico do país.
A estratégia do governo atual é não colocar em sala de aula professores concursados e sim contratados, pois esses recebem salário menor e o pior, nada reivindicam.
Se o problema fosse do profissional tudo bem, mas não, é da sociedade porque é de amplo conhecimento, dos alunos, de especialistas e de pais que acompanham os filhos que os professores eventuais apresentam inúmeras dificuldades para um bom desenvolvimento dos alunos, dificuldades essas que se iniciam na formação continuada a que não tem acesso, a má remuneração, na desmotivação dos alunos que estão cansados do entra e sai dos diferentes professores ou somente eventuais como eles se referem.
Melhor, somos milhões e não apenas 260 000, somos milhões: pais, profissionais, alunos, toda a sociedade.
texto escrito pelo professor Alceno Lobo